Fazer
a vontade do Pai
Mensagem para o 16º
Domingo depois de Pentecostes
Próprio 21 • Ano A • 28/09/14
Ez 18.1-4, 25-32; Sl 25.1-14; Fp
2.1-13; Mt 21.28-32
Segundo Gustavo Guttiérrez, na porção
do evangelho de hoje, o que está em jogo é algo “profundo e permanente na vida
do crente: fazer a vontade de Deus”. O tema vem à tona em meio a uma
controvérsia de Jesus no templo com as lideranças religiosas. A autoridade de
Jesus é questionada e ele encerra a questão contando as parábolas dos dois
filhos, dos vinhateiros e dos convidados ao casamento. “As três contém um
elemento de condenação e um de salvação” (Luís Afonso Schökel, Bíblia do Peregrino).
Na parábola dos dois filhos, Jesus
diz que o pai mandou o primeiro filho trabalhar na vinha. Ele lhe respondeu:
“Sim, Senhor”. Mas não foi. Depois o pai foi dizer ao segundo. Este respondeu:
“Não quero”. Mas logo se arrependeu e foi.
Para Schökel, “os dois filhos podem representar diversos personagens: o
povo do Israel histórico que disse sim (Ex 19.8) e não cumpriu (p.ex. Jr 2.20);
a geração do momento, com respeito à pregação do Batista (cf. 3.7) e de Jesus.
O outro filho representa qualquer um que se arrependa: as duas categorias que
recebiam então o qualificativo de ‘pecadores’ (9.10-11, 11.19) e que aceitaram
o convite do Batista para o arrependimento (3.2, 6, 8); também o povo dos
pagãos que se arrepende e crê (em Jesus)”.
No reino de Deus, há lugar para todas
as pessoas. Todas são chamadas. Aquelas que se arrependem de suas atitudes
injustas e passam a ter uma vida de justiça já fazem parte do reino,
encontraram a salvação (cf. também leitura de Ezequiel). O Senhor nos indica o
caminho: praticar o direito e a justiça em todas as nossas relações. Esvaziar-nos
de tudo o que nos afasta d´Ele e dos nossos irmãos e assumir a condição de
servo. O que determina a participação no reino de Deus é o que se passa no
coração e se torna realidade na prática pessoal e comunitária.
Que o Senhor nos abençoe. Amém.